28 de setembro de 2013

Nem com binóculos

Na altura que metia uns posts no Cabelo do Aimar, perdia algum tempo a escrever alguns sobre o Benfica, tanto para irritar os lampiões que por lá comentam mas também porque (adoro esta máxima): “Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais ainda”.

Sem comentários. lol

Gosto de estar atento ao que se passa no outro lado da 2ª circular mas só estou verdadeiramente interessado em ouvi-los quando perdem jogos (os 15 dias do "triplete" da época passada foram maravilhosos) ou quando o Jesus bate na polícia ou o Luisão dá peitadas no árbitro.

Epah… eu não compreendo o Benfica. Se houve alturas em que temi (já o disse uma vez) que o Benfica tomasse o lugar do Porto e iniciasse um período de hegemonia no futebol português (a seguir ao 1º título de JJ), agora já tenho muitas dúvidas que isso possa vir acontecer tão cedo.

Este Benfica de LFV a tomar decisões faz lembrar aquele puto de dois anos que vemos a gatinhar direito a uma poça de água e começamos a pensar alto “Não pode…”, mas pode, sim. E pimba, lá vai o puto direito à água. E achamos piada. E quando tem três anos, faz o mesmo. E continuamos a rir. E se, com sete anos, o puto continua a ir direito à água, é sinal de que algo se passa com a sanidade mental do puto.

O meu problema, enquanto Sportinguista, em relação à sucessão de erros de LFV é que já aparecem por aí umas quantas vozes de contestação – não muitas, é verdade – mas que, caso o Benfica caia outra vez na “poça” no final desta época, tenho a certeza que se multiplicarão, quais cogumelos, por essa internet fora e pelas tv’s, jornais e rádios adentro. E porquê? Porque, presumivelmente, o Sporting não terminará mais outra época em 4º ou 7º lugar e a uns mirabolantes 30 pontos do 1º classificado. Provavelmente, terminará o campeonato bem junto do Benfica , provando que não é necessário gastar tanto dinheiro em craques sérvios ou argentinos para se ganhar jogos na Liga Portuguesa.

Sim, por incrível que pareça, Bruno de Carvalho, além de salvar o Sporting, arrisca-se também a salvar o Benfica.

Perdi a conta às vezes que já li em blogs lampiões nestes últimos meses os vários elogios que os benfiquistas fazem a BdC, comparando-o a LFV, dizendo que gostam e apreciam a vivacidade e tenacidade com que BdC defende o Sporting, o facto de estar sempre presente nos vários recintos onde o Sporting disputa jogos e títulos, a frontal “guerra” com o Porto e PdC e, claro, sem o afirmarem publicamente, já repararam que, de facto, o Sporting, enquanto equipa, está mais forte. Com menos dinheiro e com mais portugueses.

Bruno de Carvalho veio mostrar aos benfiquistas, tal como já demonstrou aos Sportinguistas, que é possível fazer mais e melhor com menos meios, ao mesmo tempo que, com o seu discurso e atitude, consegue despertar no âmago de cada adepto a militância que julgava perdida desde outros tempos mais felizes.

O lado bom disto é que não se vislumbra – nem com binóculos – uma real oposição a Luís Filipe Vieira. Bruno Carvalho, o tripeiro e fundador do Canal Porto, é uma pária. O juiz que deve dinheiro a clínicas onde fez lipoaspirações é uma anedota. O mais temível ainda assim é o José Veiga mas enquanto a maior parte dos benfiquistas se lembrarem que foi presidente da Casa do Benfica no Luxemburgo, não tem hipótese de os benfiquistas o elegerem como presidente do Benfica, acho eu…

Resta o Rui Gomes da Silva. Enquanto Jesus bate a polícias para cair nas boas graças dos Diabos Vermelhos, já o RGS escreve posts no Facebook, apelando à “guerra santa” contra o Norte, lembra adeptos mortos dos No Name ou elogia as claques às segundas no Dia Seguinte. Está na cara que, caso não apareça mais ninguém além dos que mencionei acima, RGS será o próximo presidente do Benfica.

E tendo em conta aquilo que vi nos últimos 3 anos às segundas-feiras à noite na SIC Notícias, como Sportinguista, não poderia ficar mais satisfeito.

Ah, pois é...

Para complementar o post anterior (e que escrevi antes de ler os jornais desportivos de hoje...):


Jornal Record de hoje.

Jornal O JOGO de hoje.

Cabrestos

Epah, eu às vezes penso que ou percebo muito desta merda ou então não percebo nada. Acaba o jogo de ontem do Porto e só vejo “Proença” para aqui e “Proençada” para cá, seja na net, tv ou no tlm. Os Sportinguistas encolhem os ombros e não percebem como é que em Alvalade toda a gente vê o penalty menos o árbitro e no Dragão ninguém vê o penalty excepto o árbitro. Os benfiquistas, ainda com o golo de Maicon em fora-de-jogo atravessado na garganta, vociferam e perguntam, ironicamente, se ainda acham que o Proença que vai ao Seixal dar dicas aos jogadores do Benfica na pré-época e que assinala penalties destes, é mesmo benfiquista.





Ora bem, vou tentar explicar, conforme me seja possível, porque razão os Sportinguistas e, especialmente, os benfiquistas, não têm assim tanta razão de queixa de Proença, pelo menos nos dois jogos que mencionei acima, o da Luz e o de ontem no Dragão (ok, tecnicamente, não temos razão de queixa nenhuma, pois o Sporting não jogou, mas como estamos a dar luta ao Porto, objectivamente, temos razão). 

No jogo de ontem, foram perceptíveis algumas coisas:

- No final do jogo, Rui Vitória, treinador do Vitória (se não gostamos que tratem o Sporting Clube de Portugal por “Sporting de Lisboa”, tratemos o “Guimarães” pelo seu verdadeiro nome, Vitória Sport Clube), dirigiu-se a Pedro Proença, de mão esticada para o cumprimentar, e dizendo (consegue-se ler nos lábios) “Pedro, erraste”. Aliás, nas declarações aos jornalistas após o final do jogo, Rui Vitória dá a entender isso mesmo quando diz que “Disse a Pedro Proença que o melhor do mundo não pode falhar.”

- Proença deixa-o de mão estendida e começa a justificar-se, creio, dando um grande paleio ao Rui Vitória, durante largos segundos. Após a conversa, quando se deslocam para o balneário – Rui Vitória à frente, Proença atrás, com os fiscais-de-linha ao lado -, o melhor árbitro do mundo tem um gesto esclarecedor: dá umas “festinhas” na nuca do árbitro assistente do lado do campo onde foi assinalado o infame penalty, quase como que consolando-o de algum erro que tenha cometido… Trata-se de Bertino Miranda, um dos melhores – senão o melhor… - árbitro assistente português da actualidade e cujo estatuto já o mantém desde há alguns anos. Foi, por exemplo, um dos assistentes de Benquerença no Mundial 2010 e foi e de Proença no Euro 2012 e Final da Liga dos Campeões 2012, entre Bayern e Chelsea.

- Fiz rewind para ver com calma o lance do penalty entre o Quintero e o jogador do Guimarães. Oops, Vitória. Que não há qualquer falta, não há dúvidas. Aliás, nem sequer houve protestos nos jogadores do Porto, excepto um tímido protesto do próprio Quintero. Um segundo depois do lance e Proença parecia que ia seguir com o jogo. Porém, se repararem bem, Bertino Miranda para, fica parado paralelamente à zona onde Quintero caiu e, uns milésimos de segundo, antes de Proença apitar para a marca de grande penalidade, começa a deslocar-se de imediato para a linha de fundo, local onde se situam os árbitros-assistentes aquando da marcação de penalties. Ou sabia que Proença ia apitar para penalty ou... foi ele que deu indicação ao Proença para apitar.

- Portanto, foi Bertino Miranda que assinalou o penalty, gritando “Penalty!” no microfone do auricular, sem ter necessidade de mostrar a "espingarda", isto é, a bandeirola, e que fez Proença soar o apito e marcar o penalty que deu a vitória do Porto sobre o Vitória. (Ahah, já não me enganei!).

- Tal como foi outro árbitro-assistente que não assinalou fora-de-jogo no golo de Maicon na Luz. Dois erros capitais, dois erros de fiscais-de-linha mas para toda a opinião pública, o culpado é Pedro Proença.


Um espectador atento ao futebol português, facilmente repara que muitas – demasiadas –  decisões polémicas são tomadas, não pelos árbitros principais, mas sim pelos árbitros-assistentes, vulgo fiscais-de-linhas. Se alguns árbitros são uns verdadeiros “assassinos” a soldo, não receando apontar a “pistola” a um qualquer jogador que faça uma falta fora da área e apitando um penalty, ao mesmo tempo que o “mata” com um cartão vermelho, à vista de todos, já o fiscal-de-linha é um sniper furtivo, escondido dos holofotes do estádio e dos media e que tem o alibi ângulo de visão perfeito para decidir jogos, “disparando” através do auricular palavras assassinas como “Penalty!” ou “Vermelho!” aos ouvidos de um árbitro “principal”, o qual não tem outro remédio que senão assinalar o que lhe sopram nos ouvidos, correndo o risco, caso não faça, de ver a sua nota sofrer uma descida tão grande como as audiências do Dia Seguinte desde que o Rui Oliveira e Costa se mudou para lá.

Tenho cara de puto mas fodo o Sporting e o Benfica como gente grande.



O fim das equipas fixas e a possibilidade de o Bertino Miranda ser nomeado este fim-de-semana para apitar na equipa de Proença, na próxima na de Bruno Paixão, na outra com Duarte Gomes e assim sucessivamente, conseguindo "disparar" furtivamente uns quantos penalties, foras-de-jogos duvidosos e cartões vermelhos, sempre de modo "incógnito" e despercebido, foi a forma que o “sistema” encontrou para se manter vivo.

 Esqueçam os bois vestidos de preto. Estejam atentos mazé aos cabrestos que correm ao lado deles.

22 de setembro de 2013

Bate-me

Cardozo bate em Jesus. Jesus bate na polícia. Depois admiram-se que batam nas mulheres.

O Xistrema...

… Seria o título do post que usaria se eu fosse um lampião que escrevesse neste blog ou neste, ou se escrevesse, pasme-se, no jornal oficial do Benfica. Como não sou, usaria “Um Jardim sem Orquídeas” para descrever o que se passou ontem à noite em Alvalade.

Também poderia ter utilizado como título para o post uma frase que começa a ficar célebre em Alvalade (“Não vi, não vi!”), já que é a segunda vez que me lembro de a “ler” nos lábios de árbitros que apitam jogos do Sporting em casa e que têm de (não) decidir lances de mãos de jogadores adversários nas áreas. O primeiro foi João Ferreira que respondeu o mesmo que Xistra (“Não vi, não vi!”), assim que Ricardo, o então guarda-redes do Sporting, correu em sua direção gritando que o golo do Paços de Ferreira tinha sido marcado com a mão. Hoje foi Adrien e André Martins gritarem a Xistra “Mão!”, ao que o suposto adepto do Sporting respondeu, “Não vi, não vi!”.

Mas a principal razão para não termos vencido ao Rio Ave não se chama Xistra mas sim, por absurdo que pareça, Markovic ou Quintero. Infelizmente, o Sporting não tem no seu plantel um jogador que “ganha-jogos-sozinho” como o sérvio do Benfica ou o colombiano do Porto. Tinha esperanças que Carrillo fosse o nosso joker mas está mais visto que não é. Usando outra terminologia do jogo de cartas, Carrillo é um bluff, que às vezes (poucas) resulta mas na maior parte das vezes, não resulta.

Uma orquídea verde.

Se não temos "orquídeas", temos de ir lá com ervas daninhas, cactos, ou seja o que for. Começámos a empatar o jogo a partir do momento em que o nosso jardineiro preocupou-se mais com o jardim do vizinho e resolveu colocar em campo um pesticida (Rinaudo) para tentar conservar a flor que tinha nascido na primeira parte e protegê-la de investidas do Rio Ave, em vez de ter semeado uma nova flor que resultasse um novo fruto (golo). Não foi por Xistra que não ganhámos o jogo, foi por não termos ainda presente que, no jardim de Alvalade, quem manda somos nós e, portanto, em vez de defender o 1-0, deveríamos ter ido à procura do 2-0 e não tentar conservar o golo de vantagem. Não há Markovic, há Mané. Não há Quintero, há Vítor. Foda-se.

Para acabar, a única coisa boa que retiro deste empate (e exibição) de merda, é que, finalmente, vai-se acabar com a treta do Sporting “candidato” e mais não sei o quê. Infelizmente, não somos candidato a nada. Depois da miserável classificação da época passada, do brutal corte no orçamento desta época, é absolutamente estúpido tentar adivinhar, neste momento, se o Sporting é candidato ao título, à Liga dos Campeões ou à UEFA.


Com muita pena minha, este ano, não poderemos almejar mais do que o 2º ou 3º lugar. E mesmo esse posto será difícil de alcançar… 

É caso p’ra dizer aos jogadores do Sporting que este jogo com o Rio Ave foi um “abre-olhos”. Espero que não os fechem muitas mais vezes esta época.

21 de setembro de 2013

Rio Ave

Ora bem… Vou escrever sobre o quê? Sobre o futebol que vejo praticado nas quatro linhas (vi ontem o Arouca 0-1 Braga) e de onde tiro a intuição de que este Sporting, a jogar assim, terminará o campeonato em 3º ou 2º lugar? Ou vou escrever sobre a filha da putice do descaramento do Jorge Jesus que, á 5ª jornada, vem se queixar dos árbitros? Sim, o mesmo Jesus do “limpinho, limpinho”. Ou escrevo sobre (mais) uma entrevista de Manuel Fernandes, o grande Manel, no dia de jogo do Sporting? Talvez escreverei sobre o anúncio (não-oficial) da realização de uma Assembleia Geral do Sporting, onde se discutirá, provavelmente, a entrada de um novo investidor na SAD do Sporting e o prejuízo que tal anúncio terá no “programa” de blogs “leoninos”, tais como o Bancada Nascente ou o Camarote Leonino?

Se calhar vou escrever sobre o pequeno pormenor de Leonardo Jardim que tem iniciado os jogos com o mesmo onze, colocando na prática a velha máxima que diz que “em equipa que ganha não se mexe”, coisa que não acontecia há anos (décadas?)? Ou então escreverei sobre o pobre coitado do Ghilas que se anda a queixar de não estar a jogar no Porto e a pena que sinto dele? Ou sobre o facto de que este Porto não me convence? Ou talvez sobre a saída do Cassamá e do outro guineense dos juvenis do Sporting para o Porto e que alguns “Sportinguistas” atribuem ao facto de o presidente do Sporting ter sido “demasiado brusco” com o presidente do Porto?  Provavelmente, falarei sobre o relatório e contas do Benfica e que demonstra, factualmente, que há cinco anos consecutivos que a SAD do Benfica tem prejuízos e que o passivo já vai em quatrocentos e tal milhões de euros.

Nah, vou escrever sobre o que me preocupa neste momento: ganhar ao Rio Ave. Na época passada, perdemos com estes gajos as três partidas que disputámos com eles. Sempre com um treinador diferente no banco do Sporting. Sá Pinto, Vercauteren e Jesualdo. Incrível.

Estas três derrotas valem um 5-0 esta noite. E tanto acredito que tal pode acontecer que não voltei atrás para apagar a frase. Mantenho-a. Mas se ganharmos por 1-0 também não me importo.

18 de setembro de 2013

Laranjas azedas em Portimão

Vi hoje o Portimonense 2-0 Sporting B e eis o que ressalvo desta hora e meia perdida:

- Não me lembro de qualquer remate com perigo à baliza do Portimonense. (o Abel falou em duas ou três oportunidades na primeira parte mas, honestamente, não me lembro de nenhuma)

- A arbitragem de um tal José Laranjeira fez-me duvidar se estava a ver um jogo dos Distritais ou o anunciado jogo entre duas equipas da “Liga Revolution by Cabovisão”.

- O amarelo ao Iuri Medeiros por simulação, o penalty absurdo assinalado por “mão” de Esgaio e amarelo ao Piris e não-mostragem de cartão ao tipo do Portimonense que lhe deu uma joelhada nas costas, foram do pior que já vi esta época. E tudo no mesmo jogo. E tudo contra o Sporting. Os “pássaros” aterraram mesmo na 2ª divisão. Temos de arranjar um espantalho, está visto.

- Quanto a tácticas e esquemas utilizados pela equipa de Abel, não digo nada, pois não percebo nada dessa merda.

- Agora, quanto à atitude competitiva… Epah, não vi cortes de carrinho, brigas pela bola, cerragem de dentes, chamar nomes (aos adversários e aos próprios colegas), qualquer indício de vontade de ganhar o jogo, nada. Não vi nada.

- Mas ouvi o Abel no final do jogo a dizer que estava tudo bem. #medo

- E gostei (muito) de ver o mister Jardim, de óculos escuros, nas bancadas do estádio algarvio, a ver o jogo. Isto tem muito que se lhe diga… mas fica para outro post.

- Quanto aos jogadores utilizados, não houve ninguém que se destacasse. Apenas o Ivan Piris me entusiasmou um pouco. É lutador, vai lá à frente sem medo, defende razoavelmente bem e, atendendo que jogou a lateral esquerdo, não esteve mal. Quanto ao resto… meh.


- Finalmente, após a “bebedeira” das renovações e com um olhar mais sóbrio e mais atento nos putos da Academia, começa-se a vislumbrar quem terá qualidade para justificar a renovação e quem, pelo contrário, irá, inevitavelmente, ficar pelo caminho… É fodido mas é a vida.

17 de setembro de 2013

Festival Eurovisão da Canção

Olho para a classificação, vejo o Sporting em 2º lugar, sorrio e, claro – “quem nunca”, como pergunta  a Manuela Moura Guedes -, sonho em ser campeão. Mas esse sorriso desvanece-se em dois segundos quando me lembro ,que após Rui Costa e Olegário, ainda falta defrontar Capela, Duarte Gomes, Paixão, Baptista e Rui-o-tal-que-foi-condenado-no-Apito-Dourado-Silva, entre outros.

Depois, temos sempre de contar com as ajudas “extras” que Porto e Benfica irão beneficiar dos seus clubes “vizinhos” (politica e geograficamente falando), como Arouca (Pedro Emanuel), Académica (Sérgio Conceição) ou Rio Ave (Espírito Santo), que funcionam como incubadoras dos futuros treinadores do Porto. O Benfica optou por trocar empréstimos de jogadores por contratos televisivos. Já meteu debaixo da sua “asa” o Farense e falou-se no Académico de Viseu e ainda no primodivisionário Marítimo.

Com esses clubes-satélite já sabemos que os 3 pontos vão sempre parar ao bolso do Porto ou Benfica, tipo aquelas votações do Festival Eurovisão da Canção onde os 12 pontos do Azerbaijão, Cazaquistão, Ucrânia e restantes ex-Repúblicas Soviéticas, que vão sempre parar à Rússia.

Meus amigos Sportinguistas, não tenham dúvidas, será tão ou mais difícil o Sporting ser campeão do que Portugal ganhar o Festival Eurovisão da Canção.


Equipamento alternativo para ir jogar ao Dragão. 

Isto é o Benfica e o Porto a irem ao Festival a cantar em inglês, com um som bem pop e com umas bailarinas todas descascadas e o Sporting a cantar um fadinho, em Português e sem luzes ou efeitos especiais a acompanhar. Podemos não ganhar, mas aquele orgulho bem lusitano ninguém nos tirará.

É que, por necessidade e cada vez mais por convicção, o Sporting é uma equipa que se orgulha de jogar com (muitos) portugueses na equipa. No domingo, foram sete. S-e-t-e. E sim, conto o Eric (ou “Érique”, como os colegas portugueses o tratam) como português, até porque fala melhor a língua de Camões do que muitos outros portugueses ditos de nascimento. Desde 2002/2003 que só por uma vez não jogámos com um jogador da formação no onze inicial. Em 2007, contra o Fátima, no estádio do Restelo. Dez anos sempre a jogar com putos da Academia… é obra.

Putos da Academia, Made in Alcochete, facto enaltecido e muitas vezes elogiado na imprensa nacional… Not! O que interessa colocar nas capas e escrever nas crónicas é que o golo do Montero foi em fora-de-jogo! (btw, quando me vêm falar nisso, respondo sempre – e responderei sempre nos próximos anos – “limpinho, limpinho.”)

Agora, imaginem, por um momento, como seriam as capas dos jornais se o benfica jogasse (e ganhasse) com 7 jogadores da formação no 11 titular. Assombroso, não é?


Como disse, vai ser (muito) difícil sermos (já) campeões esta época. Por ora, ficaria contente com um regresso ao Festival Eurovisão da Canção, ou seja, um regresso às competições europeias. Não posso exigir mais.

9 de setembro de 2013

Eusébio, Figo e Ronaldo

"But that wasn’t enough for Guttmann. A week after the final in Berne, he gave a debut to the player who would become the greatest in the club’s history: Eusébio. The Mozambican would probably joined Sporting had Guttmann not bumped into Carlos Bauer, who had played for him in São Paulo, in a Lisbon barber’s shop. Bauer was leading a Brazilian side on a five-week tour of Africa, and Guttmann asked him to keep an eye out for fresh talent. Five weeks later, they met again in the same barber’s shop. Bauer spoke of a forward with Sporting’s feeder club in Lourenço Marques (as Maputo was then called), whom he wanted to sign but couldn’t afford, and who was, anyway, destined for Sporting. Guttmann phoned the Mozambican club, hijacked the deal and had Eusébio’s signature two days later."

Pág. 99, Inverting the Pyramid, Jonathan Wilson






"Os meus golos eram com adversários difíceis como a  Rússia e não como o "outro", que marcou os golos em jogos contra selecções como o Frankestein. (sic)"




Macacos me mordam (no racist pun intended) se foi não esta a causa da célebre "maldição" do Guttmann e que se alastrou pelo clube encarnado. Roubaram o Eusébio ao Sporting, ganharam uma Taça dos Clubes Campeões Europeus com ele, sim, mas depois... mais cinco finais europeias e sempre a serem enrabados. Jesus ganha um campeonato, sim senhor, mas depois... sempre a ser enrabado e, nalguns casos, de forma épica (a época do "apagão" da Luz, o "triplete" da época passada...).

Por mais que tentem contornar, adornar, enfeitar a história da ida do Eusébio para o Benfica, percebe-se, a cada entrevista do homem quando se tem de referir ao Sporting e/ou a (ex-)Sportinguistas, que a sua "paixão" pelo Benfica e sua chegada aos encarnados não foi natural, não foi "como devia de ser"... Não estava "escrito nas estrelas". Se o tivesse sido, não acabaria a carreira a jogar no Tomar ou no Beira-Mar. (grande Pedro Sousa!).

Foi como se, depois de haver um livro escrito e editado sobre a história do Benfica, alguém (Guttmann) tenha adicionado um capítulo à força, innaturalmente, um grão de areia que desestabilizou, para sempre, o justo mecanismo celestial do futebol que define a sorte dos jogadores e dos clubes e que, justo como é, recompensa os honrados e castiga os desleais.

A acreditar em bruxarias, mojos, etc, esta merda só se resolveria - do ponto de vista lampião - se o Sporting resolvesse sacar um puto formado por eles e que esse puto se viesse a tornar um craque ao serviço do Sporting. Ora, como acho que BdC é um tipo inteligente e que continuará presidente do Sporting por umas décadas e, além disso, a formação do Benfica é uma merda, creio que os lampiões vão continuar a ser enrabados nestes próximos tempos.

Mais recentemente, temos o exemplo do pesetero Luís Figo, jogador imenso de quem a sua valia futebolística ninguém questiona mas que o mesmo não se poderá dizer acerca do seu carácter enquanto ser humano (basta lembrar a sua "atribulada" saída do Sporting). Do que me lembro, sei que, antes e enquanto Figo jogava no Barça, a rivalidade entre o clube catalão e o Real Madrid era equilibrada, sem haver períodos de hegemonia muito longos de um clube relativamente ao outro.

Figo sai para o Real Madrid - pouco tempo depois de jurar amor eterno a Barcelona - e sim, ganham uma Liga dos Campeões, mas depois... há dez anos que não vão a uma final. Nem Mourinho os salvou. E toda a gente sabe como tem sido a história de sonho do Barcelona nestes últimos anos. Ligas espanholas, Ligas dos Campeões, "manitas"... Até quando?

Talvez até à saída de um "crack" madridista para a Catalunha... (Casillas? E o Sandro Rosell tem pinta de ser parvo)


É... como dizem os espanhóis, "Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay..."

7 de setembro de 2013

Eles começam a perder o pudor...






1 de Março de 2013, André Pipa, jornalista desportivo e colaborador d'A BOLA.



7 de Setembro de 2013, António Varela, subdirector do RECORD


Falta apenas a benção da "bíblia" do desporto lampião português, com a manchete d'A BOLA com as palavras "CRISTIANO RONALDO, O MELHOR JOGADOR PORTUGUÊS DE SEMPRE" para que a evidência seja "oficializada"...

3 de setembro de 2013

Nicknames

Engraçado, esta merda:

"A utilização dos pseudónimos era uma das formas mais comuns para combater a «vaidade» que alegadamente grassava entre a classe dos jornalistas desportivos. Nas páginas de O Sport Lisboa, tal como era hábito nos jornais desportivos, abundavam os pseudónimos (Z.Z. e A.R. (cronistas), V.P. e Backs (secção de futebol), Mik Silv. (boxe), Ignotus (ciclismo), Krup. (poesia desportiva), entre outros), que na maioria dos casos correspondiam a nomes conhecidos do meio desportivo. Na edição de 7 de Fevereiro de 1914, o periódico dirigido por Alberto Lima explicava que o pseudónimo não era «nem nunca foi uma fórmula aviltante e baixa de um indivíduo se esquivar às responsabilidades de um escrito», nem «nunca significou anonimato, nem nunca se pôde traduzir por covardia.» Era, acima de tudo, «uma maneira hábil e muito antiga de quem escreve se esquivar às cores berrantes e espalhafatosas do reclame e à vaidade estulta e insignificante da vulgaridade», adoptando assim uma fórmula (o pseudónimo) também muito usada «nas artes, nas letras, na política e no teatro». Mas a informação sobre quem estava por detrás de um determinado pseudónimo não era nenhum segredo, com O Sport Lisboa a revelá-lo sempre que necessário, escondendo-o apenas quando o «perguntador» trazia consigo «a dignidade de rogo e a calúnia erguida».

Pág. 144, HISTÓRIA DA IMPRENSA PERIÓDICA DESPORTIVA PORTUGUESA (1875-2000), de Francisco Pinheiro





Quer dizer que desde o início desta merda de se escrever sobre bola, o pessoal já usava nicks.

2 de setembro de 2013

“Punto Pelota” à portuguesa

Antes de mais, assumo: costumo ver programas desportivos, é verdade. É que no meio daquela peixeirada toda e descontrole emocional, há sempre alguém que se descai e diz mais do que aquilo que era suposto. E com uma descaída aqui, outra acolá, um gajo vai-se apercebendo de que é feito, realmente, o futebol cá do burgo. Ok, há uma excepção: não vejo o Trio de Ataque. Aquilo sem o ROC já nem como comédia serve.

Boa estreia, mas falta lá o palhaço do Braga. Gostava de o ouvir agora...

 Ontem estreou o “Punto Pelota” à portuguesa, o “ContraGolpe”, na TVI24 e com grandes e insólitos nomes (excepto o Dani, que foi mais irreverente nos anos que jogava futebol do que agora, onde é um chato de primeira) ligados ao desporto português. São eles:

- Dani, ex-jogador de futebol e conhecedor profundo da noite de Amsterdão, Londres , Lisboa e Madrid. É o Pranjic do programa: tem um nome conceituado mas não joga nada.

- Pedro Sousa, o ex-narrador de jogos de futebol na Sporttv (“Já está! Goooooooolo do Sporting!), ex-jornalista da Renascença, ex-Director de Comunicação do Sporting e actual narrador da TVI. O médio "carregador-de-piano" que ninguém nota mas que é essencial ao programa.

- Eládio Paramés, ex-acessor de imprensa do Boavista (acho), Benfica ( o Noé Monteiro, correspondente da RTP na Suíça, lembra-se dele) e, mais recente, acessor de José Mourinho, onde protagonizou o papel de cão-de-fila do “El Especiale”, com os seus corrosivos tweets que mordiam jornalistas, jogadores e treinadores espanhóis. ‘Tá no programa, nitidamente, para fazer o papel do contra. Faz-me lembrar o Octávio Machado.

- Rui Sinel de Cordes. Portista, Barcelonista (diz ele desde sempre) e o “rei” do humor “negro” em Portugal. Confesso, não era (sou) grande fã dele mas gostei das piadas futebolísticas do gajo. E parece perceber de bola. O brinca-na-areia do programa.

- Pedro Henriques, a figura mais feminina do programa. Ex-árbitro, denota fora de campo mais passividade perante os erros e injustiças dos seus camaradas do que na altura em que apitava, como por exemplo, demonstrou naquele célebre penalty a favor do Sporting na Luz e que foi, activamente "cancelado" por sua ordem após sinalização do fiscal de linha. É o jogador de "armário".

- António Boronha. Primeiro que tudo, tenho de dizer que é um orgulho poder dizer que sou do mesmo clube deste homem. Yep, é Sportinguista. Ex-dirigente de futebol, ligado ao Farense e à Federação Portuguesa, foi ele que desmascarou o embuste que foi o seleccionador António Oliveira e a miserável campanha de (Macau-)Coreia do Sul/Japão 2002. Desligado, oficialmente, do futebol desde há anos, manteve-se sempre ligado ao fenómeno através do seu blog, onde partilhou histórias e pormenores deliciosos (e podres) sobre como funciona o desporto em Portugal. É o veterano da equipa.

Finalmente, Carlos Severino, jornalista, ex-Director de Comunicação do Sporting nos tempos de Roquette (acho) e de Dias da Cunha (tenho a certeza) e ex-candidato à presidência do Sporting, dele diz-se que foi essencial à conquista do título de 2002, juntamente com Marinho Peres, figura famosa dos meandros paralelos ao futebol português, nomeadamente aos da arbitragem e similares. É aquele jogador que vem à experiência. Ou é um craque ou é um flop. Faltam mais jogos para avaliar.

A estrela da noite foi, apesar das boas piadas do Rui sobre o Leonardo Jardim ter comido a mulher do presidente do Olympiakos, o ex-Director de Comunicação do Sporting, o Pedro Sousa. Contou três histórias fascinantes e perversas ao mesmo tempo, duas delas ocorridas no último Sporting 1-1 Benfica e a(s) outra(s) no tempo em que ele era Director de Comunicação do Sporting (metade da 1ª época de GL até ao final do mandato, salvo erro).

A primeira história foi quando o Jefferson mandou uma bolada na cara do Enzo Pérez. Contou Pedro Sousa que, quando isso aconteceu, a equipa técnica do Sporting foi a primeira a chegar ao jogador e testemunhou a perda de consciência do argentino e que tal informação foi imediatamente partilhada com a equipa médica do Benfica. História bonita, a enaltecer o fair-play.

Acrescenta Pedro Sousa que, assim que a equipa médica do Sporting quis entrar em campo para socorrer o Enzo, o 4º árbitro insurgiu-se e, por breves momentos, impediu mesmo que entrassem em campo. Perante os lógicos protestos, anuiu à sua entrada. Quem era o 4º árbitro? Esse mesmo, o da peitada ao treinador-adjunto do Sporting na altura. O inenarrável Duarte Gomes.

Finalmente, Pedro Sousa testemunhou que viu, em vários jogos, a figura do 4º árbitro a a apitar “à distância”, como que controlando remotamente o árbitro principal, usando o auricular para dar indicações sobre como deveria decidir. “Verde”, “Vermelho”, “Verde”, “Vermelho”, consoante as “cores” das equipas, dizendo ao árbitro para que lado deve apitar, é assim que muitos 4ºs árbitros apitam mais do que o próprio árbitro principal.

Juntando a esta perversidade, outra, a de que todos os árbitros concorrem entre si durante a época, de modo a obter a melhor classificação possível a fim de, ou evitar a descida de categoria ou a subida a “internacional”, é fácil de ver que haverá ocasiões onde, ao 4º árbitro de um determinado jogo interessará que o árbitro principal falhe mais do que acerte… Por muito mais que o ex-árbitro Pedro Henriques o negue. 

Pagava para ouvir a transmissão áudio dos auriculares dos árbitros num qualquer jogo do Sporting. E vou continuar a ver o “Punto Pelota” à portuguesa. Quero aprender mais.



1 de setembro de 2013

Temos (melhor) equipa!

“Pócaralhofilhodaputa”. Este foi o momento do jogo, aos 8m, quando André Martins mandou o argentino Enzo Pérez amansar no relvado de Alvalade. Quando vi o pequenino André falar assim com o argentino, pensei logo “Esta merda é nossa”. O que não se veio a confirmar porque – mais uma vez – o Maxi continuou em campo além do tempo devido e os lamps têm, de facto, um craque a jogar de vermelho, um sérvio chamado Markovic. (btw, lamps, não sei se sabem, mas este craque é um negócio “à Ramires”, ou seja, vai ficar um ano na incubadora do Benfica antes de se juntar aos azuis do Chelsea. Pronto, era só para saberem.)


Temos equipa!

Outro momento do jogo, foi quando o realizador da Sporttv resolveu filmar o selecionador nacional nas bancadas de Alvalade, a ver o jogo do Sporting. Sim, do Sporting apenas, pois era a única equipa com portugueses em campo. Pena o Miguel Prates não se ter lembrado de dizer isso.

Acabado o jogo, apraz-me dizer que temos melhor equipa e os lamps têm melhores jogadores ou, pelo menos, têm melhores jogadores do meio campo para a frente.

Vendo o lado positivo da coisa, este empate permite manter o Sporting – à condição – ainda líder da Liga e com 3 pontos de avanço sobre os lamps, e permite ainda uma coisa muito importante: a continuidade de Jorge Jesus como treinador dos lamps. Isto é muito importante, atenção. (*Coff*#EnterraBenfica*Coff*)

Se tivéssemos ganho, tenho poucas dúvidas de que Jorge Jesus, ou seria despedido já na segunda-feira ou ficaria (ainda) mais fragilizado no banco da Luz. Depois do deste empate, não será (já) despedido mas ficará, seguramente, mais fragilizado. Desde que o Porto não perca com o Paços, claro.

Quanto ao Sporting, relevo as palavras de Jardim no final do jogo, qualquer coisa como “Daqui a dois anos, estes jogadores…”. Ora bem, é isto mesmo que importa salientar. É que parece mesmo que é desta: estamos mesmo a construir uma equipa para o futuro. Junte-se à declaração de Jardim, as 17 (18? 19?) renovações efectuadas por BdC a putos da formação e chegamos à conclusão de que, sim, é mesmo verdade, não é para inglês ver, o Sporting está mesmo a construir uma equipa para o futuro. Wender, Magrão e mesmo Maurício eram mesmo apenas as tais “rodinhas” para que os putos não caíssem do triciclo logo ao primeiro obstáculo.

Ora, isto não tem preço. Não trocaria nunca tal visão futurista do futebol do Sporting por uns míseros 3 pontos no campeonato, mesmo sendo contra o eterno rival. Não.

Uma palavra para o Maurício (que logo alguns abutres não se coibiram de denegrir à sua chegada apenas porque vinha da 2ª divisão brasileira): Imperial. Ou "chope", como se diz no Brasil

E que dizer dos pobres coitados que vociferaram aquando da saída de Joãozinho do Sporting (a quem pediram 1 milhão pelo passe, convém não esquecer) e da entrada de Jefferson, por uns míseros 300 mil euros? Foda-se, dá dó. lol

O melhor jogador de ontem do Sporting? Aquele tipo do meio campo, o Adrien Martins Carvalho. Grande, grande, grande jogador....

Para terminar, apenas quero dizer que a pouca simpatia que ainda tinha pelo Sportinguista Jorge Jesus (O enterrar do Benfica nestes últimos 4 anos versus o "Limpinho, limpinho", deixava-me na dúvida se lhe deveria agradecer ou mandá-lo para o caralho) desvaneceu-se ontem quando o ouvir a lamuriar-se, mais uma vez, acerca da arbitragem. Patético e demonstrativo da curvatura que a coluna vertebral (e intelectual) de JJ demonstra ter neste momento: algo semelhante às curvas do Autódromo do Estoril. Não bastava aquela humilhante entrada em campo do tipo que o empurrou há 3 meses no relvado do Jamor, ainda teve de vir queixar-se dum árbitro que manteve Maxi em campo apesar das mãos e entradas por trás, como ainda das faltas marcadas a cortes de bola limpos de Carrillo a meio campo e que resultariam em super-golos de Markovic. Desejo, muito sinceramente, que Jorge Jesus se foda exuberantemente.